sexta-feira, 22 de maio de 2009


“Moda” em todas as línguas

Alemão - Mode
Árabe – موضة
Bulgáro - мода
Catalão - moda
Checo - móda
Chinês - 時尚
Coreano - 패션
Croata - moda
Dinamarquês – mode
Eslovaco - móda
Esloveno - moda
Espanhol - moda
Filipino - fashion
Finlandês - muoti
Francês - mode
Grego - μόδα
Hebraico - אופנה
Hindu - फैशन
Holandês – mode
Indonésio – gaya
Inglês – fashion
Italiano - moda
Japonês - 流行
Letão – mode
Lituano – mada
Norueguês – mote
Polaco – moda
Romeno - modă
Russo - мода
Sérvio - мода
Sueco – mode
Ucraniano - мода
Vietnamita - thời trang

Definição de moda

A moda não é o simples uso das roupas no dia-a-dia. A moda é um fenómeno sociocultural que expressa os valores da sociedade – hábitos e costumes – numa determinada época, pois nas diferentes estações do ano usamos tipos de roupa ou formas de roupa distintos como por exemplo, no verão vestimos roupas muito mais frescas, leves e sentimo-nos mais confortáveis, porque usamos menos roupa do que no inverno o que facilita a nossa mobilidade, enquanto que, no inverno o teu tipo de vestuário torna-se pesado, para além das cores que, no verão, são muito mais alegres e vivas, tornando o clima mais agradável.

A moda surgiu da necessidade que o homem da pré-história tinha de se proteger do frio. Mas a mera necessidade de se cobrir para combater o frio tornou-se num aspecto cultural, porque o vestuário tornou-se tão comum que o facto de se vestirem para se agasalharem deixou a ser a principal razão e passou a ser vista como a diferença entre as pessoas como, a diferença entre ordens e mais tarde classes sociais. Cada ordem tinha o seu modo de vestir característico que a distinguia e estava expresso na lei. No entanto, a mudança de mentalidades e o crescimento do poder de compra, devido ás melhores condições de vida,


foi alterando a moda ao longo dos tempos, e, hoje em dia, podemos notar que já não relacionamos tanto o modo de vestir de um determinado individuo com a classe social em que está inserido.

Basicamente, “a moda é aquilo que nós fazemos dela” dependentemente do nosso gosto, da ocasião em que nos encontramos e da variação do clima ao longo do ano.

A História da moda

Época Medieval

Bizantina - Com o fim do Império Romano, a Europa Ocidental começou a desenvolver-se independentemente do que restava do Império, o Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino). Os bizantinos, da classe alta, vestiam túnicas bem decoradas. Essas túnicas eram feitas de seda e fiapos de ouro, e usavam pérolas e pedras preciosas como decorações. Os imperadores e pessoas da corte usavam também um tipo de manta sobre as suas túnicas. Posteriormente, o imperador e a imperatriz passaram a usar um longo tecido em volta dos seus pescoços, como um cachecol, e os nobres passaram a usar longas e firmes meias-calças.
Os estilos usados no Império Bizantino influenciavam pesadamente a
moda na Europa Ocidental. Pessoas da nobreza europeia passaram a usar roupas cada vez mais complicadas e complexas do que as usuais roupas simples de algodão, pêlos e couro. Geralmente as pessoas faziam as suas roupas em casa, como sempre fora feito. Mas à medida que as cidades cresciam, surgiam pequenas lojas especializadas na fabricação de roupas. Muitas das roupas passaram a ser feitas por artesãos. À medida que os artesãos tornavam-se mais habilidosos, a qualidade da roupa crescia, passavam a cortar, ajustar e decorar as roupas que fabricavam em jeitos cada vez mais elaborados. Posteriormente, as roupas passaram a ser feitas de seda, importada do Extremo Oriente.

Pessoas de classes inferiores vestiam túnicas simples e mantos rectangulares. Essas túnicas foram, lentamente substituídas por roupas feitas de acordo com as medidas de cada pessoa. As túnicas das mulheres desenvolveram-se em vestidos que eram atados na parte superior do corpo. Os homens passaram a usar mangas por baixo de suas túnicas e meias.


Século XII, XIII e XIV - No início as roupas eram feitas em casa. As famílias criavam ovelhas e cultivavam o linho. Quando as cidades começaram a crescer, surgiram lojas especializadas, dirigidas por tecelões, alfaiates, remendões e outros artesões que faziam roupas.


No século XII, esses artesões se organizaram em corporações chamadas
guildas.
Mais tarde, as túnicas soltas começaram a ser substituídas por roupas ajustadas ao corpo. As mulheres começaram a usar vestidos compridos, e justos no busto. Os homens vestiam calções soltos debaixo da túnica, além de vários tipos de coberturas para as pernas.

Nos séculos XII e XIII, as mulheres punham redes nos cabelos, usavam véus e panos para cobrir o pescoço, que ainda hoje, algumas ordens religiosas usam. Os homens usavam na cabeça capuzes com pontas compridas. Tantos homens como mulheres vestiam uma sobreveste, peça de vestuário que se traz sobre a roupa, copiada dos trajes dos cruzados.


Calçado


O estilo Gótico e suas características culturais, filosóficas e religiosas iniciam no século XII na arquitectura e estendem-se pela Europa até início do século XVI, abrangendo outras formas estéticas. Na moda, por volta do século XIV os bicos dos sapatos tornaram-se longos e pontiagudos como as finas torres das catedrais deste período, e mesmo os chapéus têm formatos cónicos e cilíndricos, como os chapéus femininos em cones pontiagudos e com véu na ponta.

Próximo do século XII, surgem as poulaines, espalhando-se por toda a Europa e principalmente na França e Inglaterra. Este calçado caracterizava-se pelo estreitamento e alongamento das pontas, bicos. O comprimento do bico do sapato era proporcional à posição do indivíduo na sociedade, ou seja, quanto mais alto o nível na escala social, maior o bico, que se tornou uma competição hierárquica. Eram fabricados em couros, veludos, furados e bordados em fios de ouro. Foi Francisco I quem decretou o fim deste tipo de calçado e ainda no século XV este tipo de pontas aguçadas foi proibido por Henrique VIII, por ter pés largos e inchados, o rei da Inglaterra na época, achava-o inconveniente e doloroso. A partir daí, são aceitos os chinelos rasteiros, com base larga e muito mais confortável.






sexta-feira, 15 de maio de 2009

Época Renascentista e reformas


1500-1550,1600-1650,1650-1700 - O advento do Renascimento, trouxe mudanças no cenário Europeu. As cidades cresciam, o número de comerciantes e artesãos especializados na produção de roupas aumentou, e, com a queda do Império Bizantino, a Europa Ocidental tomaria a liderança na produção de estilos e tendências, aplicados à produção de roupas.

Homens passaram a usar roupas mais pesadas na parte superior do corpo. Uma vestimenta masculina típica da época, especialmente entre a nobreza, era um tipo de jaqueta pesada, com uma saia que ficava na zona das pernas até os joelhos. Usavam sapatos cujas pontas ficavam para cima, e dispunham de uma grande variedade de chapéus. Já as mulheres da nobreza passaram a usar altos chapéus, vestidos floridos e decorados. Estes passaram a ser firmemente atados ao peito. Homens de classes inferiores usavam blusas e calças justas e simples, e as mulheres usavam vestidos vulgares.

Uma das principais influências na moda europeia, no século XVI, foi a corte espanhola. Das tendências mais importantes para parte dos membros da corte era o uso de grandes colarinhos no pescoço, que ficou em uso aproximadamente dois séculos. No século XVII, os franceses passaram a dominar a moda na Europa. As roupas usadas pelos nobres franceses eram rapidamente copiadas por outros países, com a excepção da Espanha.

Por outro lado, os puritanos, aqueles que obedeciam ao rigor dos princípios, que viviam no
Reino Unido, e que teriam vital importância na colonização dos Estados Unidos, não se importavam muito com estilos e tendências, preferindo roupas simples. Os homens mantinham os cabelos curtos, e todos que usavam cabelos usuais e vulgares eram os mais bem vistos pela sociedade. Os homens também usavam calças e roupas simples. As mulheres usavam vestidos longos e simples.
Época Iluminista



0-1795,1700-1750,1795-1820-Revolução Industrial, que começara no Reino Unido no século XIX, revolucionou totalmente os meios de fabricação de roupas. Até então, os tecidos e as roupas eram produzidos manualmente, e por meios artesanais. A criação da máquina spinning jenny, em 1764, pelo britânico James Hargreaves, e, posteriormente, da spinning mule, uma derivada da spinning jenny, em 1798, pelo britânico Samuel Crompton, foram uma das bases da Revolução Industrial. A spinning mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto 200 pessoas, usando algumas delas como mão-de-obra. Em 1780, Edmund Cartwright criou uma máquina derivada capaz de se alimentar de uma geradora a vapor. Com tais máquinas disponíveis, fabricantes de roupas industrializadas vendiam roupas a baixos preços. A produção de roupas, nas grandes cidades, tornara-se quase industrializada. Antigos artesãos que antes lucravam, faliram, e muitas pessoas pararam de fabricar as suas roupas em casa.

A moda passou a mudar mais e mais, mas apenas as pessoas ricas podiam dar-se ao o luxo de adquirir a última tendência da moda. Os franceses continuaram a ditar a moda na Europa, até o início da Revolução Francesa, no final do século XVIII, quando a Inglaterra assumiu a vantagem, até o final da Revolução, quando a França retomou a liderança no cenário da moda europeia. Dado ao estatuto de riqueza e poder de roupas complexas e elaboradas, ao longo da Revolução, muitos nobres passaram a usar roupas simples, com o medo de serem capturados pelos revolucionários, que os teriam decapitado.

Fig.1 - máquina spinning jenny


Ao longo do século XIX, a industrialização na produção de roupas e tecidos espalhou-se para outros cantos do mundo. A indústria têxtil ficou estabelecida nos Estados Unidos, França, e, posteriormente, na Alemanha e no Japão. Neste último, roupas ocidentais, lentamente, substituíam roupas tradicionais. Porém, muitas pessoas ainda preferiam usar roupas feitas por um artesão, quando podiam pagar por elas. Outras pessoas, especialmente aquelas em lugares isolados, continuaram a fabricar tecidos e roupas em casa.
Gradualmente, as roupas passaram a ficar mais simples e leves. Camisas, saias e calcinhas (peça de roupa interior das mulheres, com a forma de calças muito curtas), foram criadas na
década de 1870, e logo se tornaram uma tendência entre mulheres da classe trabalhadora. Jeans passaram a ser usados por mineiros, fazendeiros e cowboys nos Estados Unidos
Época Vitoriana

Fig. 2 – Rainha Vitória


1820-1830,1840-1850,1860-1870,1880-1890 - Moda vitoriana é o estilo inspirado no modo de vestir da rainha Vitória, bem caracterizado por detalhes, rendas, golas altas, babados, mangas bufantes, laços, e espartilhos. As cores predominantes são as escuras e o estilo vitoriano é mais usado no inverno por ser mais pesado, inclusive por ter sido criado na Inglaterra medieval

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Época Eduardiana

1900 e 1910 - O início do século XX foi marcado por grandes agitações mundiais. Inovações tecnológicas como o telefone, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, entre outros, modificaram a forma de pensar o quotidiano.


Na Inglaterra, essa época ficou conhecida como período “Eduardiano”, devido ao sucessor da rainha Vitória, Edward. Até o fim do século, o estilo predominante era o vitoriano, caracterizado pelo uso permanente de espartilhos muito justos para conquistar a silhueta em "S" (busto para frente e quadris para trás). Após a morte da Rainha, o ideal de beleza foi se modificando, influenciado pela preferência do rei por mulheres maduras e cabelos grisalhos. Os trajes masculinos não dispensavam o chapéu, o sobre-casaca nem o fraque, além da grande variedade de sapatos que passaram a ser considerados acessórios da moda masculina.


Mantendo seu prestígio como criadora de moda, a França, também influenciou o mundo na virada do século, a Belle Époque, período entre o fim do século XIX e a Primeira Guerra Mundial, com toda a sua efervescência foi considerada uma era de ouro da beleza e inovação. Em meados da primeira década de 1900, Paul Poiret, revoluciona a moda deslocando a cintura para baixo dos seios, desapertando a silhueta formal e eliminando o espartilho. Trazendo assim um novo conceito de moda adaptado ao conforto e ao luxo dos tecidos leves. É também nesse mesmo cenário que irá surgir em Paris Gabrielle Chanel, que nas décadas seguintes se tornará um grande ícone da moda mundial.


Com a facilidade de comunicação e intercâmbio cultural a moda europeia passou a ser copiada no mundo inteiro, adaptada a todos os climas e camadas sociais
Época Moderna

1920, 1930-1945 - A moda na década de 1920 já estava livre dos espartilhos do século XIX. As saias já mostram mais as pernas. Na maquilhagem, a tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. A maquilhagem era forte nos olhos, as sobrancelhas eram tiradas e o risco pintado a lápis. A tendência era ter a pele bem branca.




Foi a época de Hollywood em alta, e a maioria dos grandes estilistas da época, como Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para grandes estrelas.

Foi uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, mulheres modernas da época, que frequentavam os salões onde os seus comportamentos e modo de vestir transmitiam o espírito também chamado a Era do Jazz.

A silhueta dos anos 20 era tubular (que tem forma de tubo ou é constituído por tubos), os vestidos eram mais curtos, leves e elegantes, com braços e costas à mostra. O tecido predominante era a seda. Os novos modelos facilitavam os movimentos frenéticos impostos pelo Charleston (dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos). As meias eram em tons de bege, de forma a que as pernas parecessem nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou limitado ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado. A mulher sensual era aquela sem curvas, sem seios e com quadris pequenos.

A sociedade dos anos 20, além da ópera e do teatro, também frequentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e as suas estrelas, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As mulheres copiavam as roupas e as expressões faciais das actrizes famosas, como Gloria Swanson e Mary Pickford. A cantora e dançarina Josephine Baker, provocava alvoroço nas suas apresentações, sempre em trajes ousados.

Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres, um verdadeiro escândalo aos mais conservadores. Foi a época da estilista Coco Chanel, com seus cortes rectos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Fig.3 - Mary Pickford com maquilhagem acentuada.

Época Pós-Guerra e Guerra-fria

1960 - A roupa nas décadas de 60 e 70, época dos hippies, transmitiam a paz e amor, lemas da época, por cores alegres e estampados floridos, demonstrando sensibilidade, romantismo, descontracção e bom humor. Também a liberdade de expressão, perante o regime ditatorial, era focada em países como o Brasil, Chile e França.


1980,1945-1960,1970 - A moda anos 80, a new wave (nova onda), inspirou-se basicamente na vaga da geração da saúde e da febre, da ginástica aeróbica. Contrariando a moda dos anos 60 e 70, onde se centrava a tendência das roupas largas, artesanais e de inspiração indiana. Nos anos 80 o uso de roupas de ginástica, no quotidiano, combinadas com roupas excêntricas e exageradas, com cores florescentes, estampados de animais muito alegres. Foi sem dúvida o grande marco na moda da época.
História

Universo tecnológico

Fig.4 – Giorgio Armani


O avanço tecnológico, na moda dos anos 80 baseou-se em tudo que era novo, moderno e electrónico. O Japão foi um dos grandes países inspiradores da moda da época. O surgimento das roupas justas dava um ar futurista as roupas, mesmo assim, várias pessoas aderiam ás roupas largas procurando a moda do armário da "vovó". Os cabelos aderiram a um corte assimétrico, com franjas repicadas. Muitos usavam gel, e mantinham uma poupa tão alta quanto conseguiam. A tintura com cores exóticas e marcantes tornou-se mais frequente entre os jovens. Mesmo com tom de constante inovação, vários estilistas preferiam manter o estilo sóbrio das suas roupas, não aderindo à moda futurista. Foi como o famoso estilista Giorgio Armani fez, com os seus cortes sóbrios garantiu a elegância de homens e mulheres que se adaptavam ao estilo clássico.

O corpo perfeitoPara a época, ser bem vestido era apenas um detalhe se não houvesse um belo corpo. A febre da novela “Malhação” e da ginástica, veio acompanhada das inúmeras academias que se estendiam cada vez mais pelos centros urbanos. Entre os jovens, era comum irem a academias para aulas de dança com músicas ritmadas, vestidos com collants e polainas. O objectivo era ter um corpo bonito e saudável, aliado à moda e ao sucesso. A moda das academias fez com que o ténis, o moletom e a lycra, não fossem mais peças exclusivamente desportivas. Sendo popularizadas para ocasiões quotidianas, ganhando tons modernos e urbanos. Os ténis ganharam milhares de "looks" alternativos, nas mais variadas formas e cores. Sendo assim, o calçado que se tornou febre da moda era o All-star, pelo seu estilo simples e confortável, mas com as mais variadas cores e estampas, considerado um ténis inovador, foi (e ainda é) um dos calçados mais famosos e usados pelos jovens.

A moda e a música

Fig.5 – The Smiths

Fig.6 – Madonna nas décadas de 70.

Fig.7 – Cantora Cindy Lauper


A música, além do cinema, foi um dos mais importantes meios de difusão da moda. Não havia apenas um estilo do momento, todas as tribos se estendiam com as mais diversas tendências: pops, darks, góticos, metaleiros e rastafaris, havia estilo diversificado para todos. Ao contrário do actual, o pop que fazia sucesso na época era o mais melancólico. Bandas como The Smiths, The cure e Joy Division, fizeram sucesso estrondoso, principalmente com a divulgação dos clipes, que associava rapidamente a imagem á música. Madonna, apesar de não fazer o estilo pop-melancólico, e sim extremamente alegre, influenciou a sociedade com seu estilo livre e desenvergonhado, com cores vibrantes e cortes exóticos. No mesmo estilo, fizeram grande sucesso cantoras como Cindy Lauper e a brasileira Xuxa.

Maquilhagem e acessórios

Acompanhando as roupas, tudo era muito colorido e extravagante. Na maquilhagem, as mulheres usavam muitas cores, sombras fortes e batom com cores vivas, sempre na linha exótica e chamativa. Os acessórios não poderiam ficar de fora da moda futurista. O acrílico e o plástico entraram em alta, nas mais variadas cores, geralmente cintilantes. Por terem um aspecto do futuro e um baixo custo, pulseiras, brincos e colares deste material foram a grande sensação.


Época contemporânea

Os anos 90 acabaram por ser uma década marcada pela diversidade de estilos. A moda acabou por se desdobrar em estilos e criar peças para cada tipo de consumidores e para todas as ocasiões.



Fig.8 – Gabrielle Chanel


Nesta época foi onde se deu a maior mudança das mentalidades. Esta revolução no mundo da moda deveu-se, em grande parte, a Gabrielle Chanel.


Chanel, mudou a forma das mulheres se vestirem, tornando-as mais vistosas. No início do século XX, aos 20 e poucos anos, causava espanto e admiração em eventos sociais, com gravata e com sobretudo, “roubados” do guarda-roupa de seus amantes endinheirados. Atrevida e descarada, negava a vaidade dos vestidos da época sem um pingo de constrangimento, vestindo-se com uma simplicidade tão inédita que logo foi considerada uma excêntrica transgressora, recusando-se a usar tais vestidos. Durante séculos, Chanel ditou o ritmo e o rumo das inovações da moda. Gostava de ser sempre a primeira a impor as novas tendências e a sua capacidade de antecipar os desejos de consumo de toda uma geração de mulheres não tem comparação, e ainda hoje domina no frenético mercado da moda global. Sempre insatisfeita, dona de um nariz arrebitado e de um feeling absurdo para o novo, esta francesa, que nasceu pobre e cresceu num orfanato, detonou a estética dos espartilhos, introduzindo elementos libertários no vestuário masculino artístico que sempre frequentou. Momentos de êxtase e de glória, e outros de queda, abandono e esquecimento definiram Chanel.