A História da moda
Época Medieval
Bizantina - Com o fim do Império Romano, a Europa Ocidental começou a desenvolver-se independentemente do que restava do Império, o Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino). Os bizantinos, da classe alta, vestiam túnicas bem decoradas. Essas túnicas eram feitas de seda e fiapos de ouro, e usavam pérolas e pedras preciosas como decorações. Os imperadores e pessoas da corte usavam também um tipo de manta sobre as suas túnicas. Posteriormente, o imperador e a imperatriz passaram a usar um longo tecido em volta dos seus pescoços, como um cachecol, e os nobres passaram a usar longas e firmes meias-calças.
Os estilos usados no Império Bizantino influenciavam pesadamente a moda na Europa Ocidental. Pessoas da nobreza europeia passaram a usar roupas cada vez mais complicadas e complexas do que as usuais roupas simples de algodão, pêlos e couro. Geralmente as pessoas faziam as suas roupas em casa, como sempre fora feito. Mas à medida que as cidades cresciam, surgiam pequenas lojas especializadas na fabricação de roupas. Muitas das roupas passaram a ser feitas por artesãos. À medida que os artesãos tornavam-se mais habilidosos, a qualidade da roupa crescia, passavam a cortar, ajustar e decorar as roupas que fabricavam em jeitos cada vez mais elaborados. Posteriormente, as roupas passaram a ser feitas de seda, importada do Extremo Oriente. Pessoas de classes inferiores vestiam túnicas simples e
mantos rectangulares. Essas túnicas foram, lentamente substituídas por roupas feitas de acordo com as medidas de cada pessoa. As túnicas das mulheres desenvolveram-se em vestidos que eram atados na parte superior do corpo. Os homens passaram a usar mangas por baixo de suas túnicas e meias.
Século XII, XIII e XIV - No início as roupas eram feitas em casa. As famílias criavam ovelhas e cultivavam o linho. Quando as cidades começaram a crescer, surgiram lojas especializadas, dirigidas por tecelões, alfaiates, remendões e outros artesões que faziam roupas.
No século XII, esses artesões se organizaram em corporações chamadas guildas.
Mais tarde, as túnicas soltas começaram a ser substituídas por roupas ajustadas ao corpo. As mulheres começaram a usar vestidos compridos, e justos no busto. Os homens vestiam calções soltos debaixo da túnica, além de vários tipos de coberturas para as pernas.
Nos séculos XII e XIII, as mulheres punham redes nos cabelos, usavam véus e panos para cobrir o pescoço, que ainda hoje, algumas ordens religiosas usam. Os homens usavam na cabeça capuzes com pontas compridas. Tantos homens como mulheres vestiam uma sobreveste, peça de vestuário que se traz sobre a roupa, copiada dos trajes dos cruzados.

Calçado
O estilo
Gótico e suas características culturais, filosóficas e religiosas iniciam no século XII na arquitectura e estendem-se pela Europa até início do século XVI, abrangendo outras formas estéticas. Na moda, por volta do século XIV os bicos dos sapatos tornaram-se longos e pontiagudos como as finas torres das catedrais deste período, e mesmo os chapéus têm formatos cónicos e cilíndricos, como os chapéus femininos em cones pontiagudos e com véu na ponta.
Próximo do século XII, surgem as poulaines, espalhando-se por toda a Europa e principalmente na França e Inglaterra. Este calçado caracterizava-se pelo estreitamento e alongamento das pontas, bicos. O comprimento do bico do sapato era proporcional à posição do indivíduo na sociedade, ou seja, quanto mais alto o nível na escala social, maior o bico, que se tornou uma competição hierárquica. Eram fabricados em couros, veludos, furados e bordados em fios de ouro. Foi Francisco I quem decretou o fim deste tipo de calçado e ainda no século XV este tipo de pontas aguçadas foi proibido por Henrique VIII, por ter pés largos e inchados, o rei da Inglaterra na época, achava-o inconveniente e doloroso. A partir daí, são aceitos os chinelos rasteiros, com base larga e muito mais confortável.